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O erro de buscar a aprovação alheia


“Para se fazer grandes coisas não se deve estar acima dos homens, mas junto deles.” Montesquieu


Vamos refletir sobre a busca incessante pela aceitação e aprovação alheia. O que isto representa de fato, na nossa história?



Precisamos realmente de aprovação alheia? 


Em geral, buscam agradar ao outro para: 

a) Que sejam aceitos, recebendo afeto, admiração, carinho e amor;

Algumas pessoas convivem em ambientes áridos, onde não há afeto, ou estes são pouco percebidos. E para contornar ou reverter esta situação, tendem a se sacrificar, emitindo comportamentos, as vezes exagerados, para chamar a atenção alheia, e receber (talvez) uma migalha de afeto, algo que indique que sua presença ali é minimamente bem vinda. Estas pessoas, as vezes abrem mão da sua capacidade crítica, apenas para agradar ao outro, passando a pensar e agir como o outro quer, ou imitando o outro.


b) Que não sofram críticas, punições, retaliações etc.

Algumas  pessoas preservam sua capacidade crítica e sua individualidade, porém o preço é alto demais: geralmente convivem com pessoas inflexíveis, pouco aberta a negociações e para que possam viver com o mínimo de paz, passam a atender os interesses dos outros, em detrimento dos seus.


Mas… será que abrir mão das suas características particulares para agradar o outro é garantia de aceitação?



Na verdade não. Ao contrário, pode parecer \”garantia de dominação\”, pois quanto mais você muda, mais o outro exigirá mudanças…. até que não sobre nada de você em você mesmo!!!



Reflita: Vale a pena mudar tanto para obter o mínimo de aceitação da outra parte? A recompensa é proporcional aos ganhos? Se for, ótimo. 

Caso contrário, está aberto o caminho para o adoecimento psíquico, pois tentar agradar ao outro é abrir mão da sua capacidade crítica, dos seus gostos, necessidades, vontades e desejos para abraçar as imposições alheias. Em resumo é viver como se fosse uma extensão do outro. É deixar de conhecer coisas boas, novas e diferentes para viver numa bolha esperando que o outro o reconheça de alguma forma e lhe forneça migalhas de afeto.  Para alguns indivíduos, a simples possibilidade de não estar agradando incomoda a ponto de levá-lo a níveis elevados de ansiedade.  Imaginar que esteja provocando a desaprovação alheia, faz com que seu orgulho sofra um abalo e não medem esforços para recuperar a aprovação. Neste caso, convém rever alguns pensamentos: será que o outro está tão preocupado com o que você faz? 



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